A pandemia causou reviravolta nos modos tradicionais de provisão de capacitação pelo mundo fora. O espaço de ensino técnico-profissional estava organizado de maneira que envolveu a vinda dos/das estudantes ao instituto, aprendendo os conceitos teóricos e a sua aplicação, presencialmente. Os planos de aula eram desenhados e elaborados para inculcar competências neste contexto. Os/as professores/as foram igualmente formados/as na entrega de aulas e de formação prática, cara-a-cara. As restrições ocasionadas pelo COVID-19 tornaram necessária a viragem urgente e total rumo ao ensino em linha. De um dia para o outro, o/a professor(a) e formandos/as viram-se obrigados/as a adotar a aprendizagem digital e adaptar os seus estilos de ensino e aprendizagem! Isto incluiu dominar depressa novas tecnologias como por exemplo Zoom, Webex, etc. O que é mais importante, portanto, os/as professores/as tiveram de adaptar o material de aprendizagem de que dispunham para que fora adequado ao uso num ambiente em rede. Num contexto de sala de aulas onde os/as professores/as podiam utilizar slides de PowerPoint e circular pela sala de aulas, assim aumentando o engajamento dos/das estudantes. muita das vezes o ensino em linha teve como consequência que o/a professor(a) só podia ver uns poucos rostos, caso algum, enquanto explicava conceitos complexos. Isto era particularmente verdade quando os/as professores/as viram-se frequentemente obrigados/as a depender dos seus telemóveis para entregar as aulas. A partir da perspetiva do/da formando/a, teve de voltar a aprender como é que podiam aprender de outros/as no ambiente digital, recriando as interações com os/as seus/suas colegas de aula no espaço digital!
Se bem que a capacitação dos indivíduos foi rápida, frequentemente eram as capacidades institucionais - ou falta das mesmas - de adaptar ao mundo digital, que fizeram demorar o avanço. Para aproveitar na íntegra o poder da aprendizagem digital, é necessário que as instituições de ensino repisem os seus sistemas, processos e infra-estrutura – tanto humana como física. Se bem que a oferta central de serviço do Centro consiste em apoio ao desenvolvimento de capacidades a nível individual, através de formação grupal fornecida em rede, no campus em Turim e por todo o mundo no terreno, o CIFOIT oferece igualmente serviços de assessoria em capacitação institucional aos institutos de formação a nível nacional e regional com mandatos e grupos-alvo parecidos, a fim de fomentar o seu desenvolvimento como organizações impactantes, sólidas em termos financeiros e bem governadas. Isto abrange exames de capacidade institucional, conselhos gerenciais e apoio tecnológico para realizar o aprimoramento dos seus serviços de aprendizagem, recorrendo ao seu modelo comprovado de sustentabilidade e, ao seu historial de mais de 50 anos na indústria da formação.
O quadro analítico para o apoio à capacitação para os institutos de formação por parte do CIFOIT inspira-se da abordagem de Cartão Equilibrado de Marcação [Balanced Scorecard], sendo este um quadro estratégico largamente utilizado para contrabalançar objetivos financeiros e não financeiros nas estratégias de sustentabilidade organizacional.
O CIFOIT distingue três dimensões que se acha que determinem o desempenho sustentável dum instituto de formação:
Esta iniciativa proposta oferecerá serviços de capacitação institucional para o sistema de competências em Angola, trabalhando em particular com o INEFOP (Instituto Nacional do Emprego e Formação Profissional).