Na formação profissional, o diálogo social institucionalizado tem uma importância fundamental. Em muitos países, as organizações de trabalhadores participam de forma tripartida nos Conselhos de Administração das Instituições Nacionais de Formação Profissional, bem como em organismos de representação setorial, criados com o objetivo de construir os consensos necessários para a conceção, formulação e planeamento de políticas setoriais sustentáveis no domínio da formação profissional, destinadas a melhorar a qualidade do emprego e aumentar a competitividade setorial.

Esta realidade impõe desafios importantes às organizações de trabalhadores no que diz respeito à preparação dos seus representantes para uma participação qualificada e propositiva, que reflita a posição e os interesses específicos dos trabalhadores nas instâncias de diálogo social e na negociação coletiva em questões relacionadas com a formação profissional.

Na formação profissional, é fundamental favorecer uma participação sindical de qualidade, com capacidade de proposição e incidência. Um dos grandes desafios da formação profissional é garantir uma formação de qualidade com valores, onde o sujeito que aprende é qualificado e capacitado para desenvolver um trabalho digno. Desta forma, a formação profissional cria as condições para melhores oportunidades de emprego e para um desenvolvimento humano integral.

Esta dimensão da formação profissional como direito fundamental dos trabalhadores encontra-se sustentada e consolidada como tal em múltiplos Pactos e Declarações de Direitos Humanos, bem num número crescente de Constituições. Atualmente, é também considerada como um instrumento económico integrante das políticas de emprego e das estratégias de produtividade e competitividade das empresas. Outrossim, na sociedade do conhecimento, o papel da educação, da formação e da formação contínua é imprescindível, não sendo possível almejar um trabalho digno sem formação profissional.

O curso em linha, com uma abordagem temática ampla sobre a formação profissional, inclui temas relacionados com as Normas Internacionais do Trabalho, a governança e o financiamento das instituições de formação profissional, as políticas públicas de emprego e a formação profissional, a negociação coletiva e os acordos sobre formação profissional, entre outros. Dois temas receberão atenção especial:

• a formação e preparação dos jovens para o mundo do trabalho e a transição da educação para o trabalho;
• a capacitação profissional das mulheres, com o objetivo de facilitar o retorno ao mercado de trabalho de trabalhadoras com responsabilidades familiares após interrupções relacionadas com a prestação de cuidados.